segunda-feira, 25 de maio de 2015

Turbilhão

A quietude é a minha preferência, sempre. Antes o mar calmo, que as ondas do surfista. Eu nunca seria um caçador de tornados, porque é no cicío que está o que procuro. A cabeça cheia é turbilhão de palavras e aí vem elas!

Os turbilhões precisam ser organizados, eles não conseguem fazer isso sozinhos. Faço isso escrevendo, esquadrinho cada ponto de energia volátil em frases e parágrafos. Assim acalmo o turbilhão interno e o transformo em realidade perceptível, possível e concluo que não é loucura, mas acúmulo, que não é bom carregar por muito tempo. Bom mesmo é fazê-lo agradável aos olhos e ouvidos. Eu o canalizo e compartimento.

A pressão interna causada pelo turbilhão precisa ser canalizada. Eu faço o bem. Converto o mal de dentro em bem de fora. E o bem fora pertence a todos. É melhor que seja de dois do que de um só. Bem multiplicado torna o turbilhão externo ameno, mostra o quanto ele pode ser reaproveitado. O bem de fora é a deliciosa mousse feita do limão de dentro.

Quando revelo o quanto posso me fazer valer de um turbilhão, sou mestre de tantos quantos desejem descobrir que seus turbilhões podem reverter-se em brisas frescas de verão não só para um, mas para, pelo menos, dois.

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